The Famous Final Scene

quinta-feira, 3 de março de 2016

I*

Não há palavras

Apenas um excesso de vazio

Caem lágrimas quando passas

E quando sais eu tenho frio 


Apunhalas-me com o teu silêncio

Dói tanto como uma palavra mal dita

Na minha cabeça um incêndio

Na esperança que não se repita 


O teu toque eu anseio

Os teus olhos me atacam

Que tu fujas é receio

Os sentimentos não se afastam


Quero dizer-te e não posso

Não queres ouvir o que tenho para dizer

Tudo o que é possível eu faço

Por ti sou capaz de morrer


domingo, 19 de julho de 2015

Kurt Cobain





Uma pequena grande mente
Uma pessoa incompreendida
Quis um final diferente
Pondo um fim à sua vida




terça-feira, 11 de novembro de 2014

Em Frente

Porque de tempo se faz a vida
De via se faz a felicidade
Faz de nós gente crescida
E traz consigo a saudade

Não lamentes o passado
Vê em ti o que és atualmente
Podes mudar o teu estado
Basta mudar a tua mente

Olha no relógio e pensa
Nem tudo foi tempo perdido
Terás a tua recompensa
Através de um futuro renascido

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Desabafo

A vida é vivida mortalmente,
Fatal é o momento da tristeza.
Não existe força na mente,
Apenas o pesar da moleza.
Pensamentos prevalecem,
São mais fortes que as atitudes.
Quando as lágrimas vencem,
Desaparecem as virtudes.
A gravidade cai sobre nós,
Graves são os acontecimentos.
Culpa de uma vivência atroz,
Que não trás os melhores momentos.
Forte é a dor,
Forte é a decadência.
É forte o odor,
Da mais inculta demência.
Descendência ingénua,
Da mais pura incompetência.
A cabeça fica incrédula,
Com tão vasta experiência.
Resta apenas a poesia,
Menos gestos e mais palavras.
Será o fim da burguesia,
E de poses inflamadas.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Nostalgia

Nervosismo estranho,
Um sentimento que que faz doer.
Não sei dizer o seu tamanho,
E é difícil de esconder.

Incapacidade em ter calma,
A cabeça torna-se inútil.
O coração comanda a alma,
E o corpo torna-se fútil.

O amanhã não existe,
É uma página por escrever.
Um sentimento persiste,
Não me faz querer viver.

Pessoas desaparecem,
Outras surgem do nada.
Poucas o merecem,
Ou não passam de fachada.

Não existe profissões,
Existe sim uma rotina.
Incompetentes há aos milhões,
E esses cansam-me a retina.

Ainda bem que alguns partiram,
Agradeço isso a cada dia.
Alguns apenas fugiram,
Resta agora apenas a nostalgia.

Meretriz

Coitada dela que se acha,
Pensa que é adulta e importante.
Sempre teve o plano em marcha,
Andar com dois e um deles amante.

Sempre tiveste problemas com o pasto,
Queres ser a vaca que come mais.
Queres aquele que tem o maior mastro,
 Sem se quer saber dos teus pais.

Comes tudo que te apetece,
Quem sabe não terás uma indigestão.
Quando a tua rata aquece,
Precisas de mais do que uma mão.

És produto dos chineses,
Falsa e de baixa qualidade.
Não vale apena contar os meses,
Já estavas fora de validade.

Tens forma circular,
Estás muito rodada.
Queres ser popular,
Mas és só motivo de risada.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

VERSOS

Em versos vou escrevendo,
Tudo aquilo que vou vivendo,
Convivendo com amigos.
Alguns deles convencidos,
Mas que nunca se dão por vencidos.
Escrevo para esquecer,
Tenho muito por onde escolher,
Preferi não beber.
Faz mal à vida,
À minha pessoa,
Quem me convida,
Só pode ser gente boa.
Orgulho de vocês,
Não me coloquem “porquês”,
Gosto de ser assim.
O que sinto guardo para mim,
Vivo deste jeito.
Cada vez que me deito,
Reflicto, penso e adormeço.
E cada vez que acordo,
É mais um arremesso.
Vou continuar,
Um dia de cada vez.
No dia em que eu parar,
Levantar-me-ei outra vez.
Porque existe uma razão,
Um motivo,
Por aqueles que me dão a mão,
Eu digo,
Obrigado por tudo,
E tudo não é nada,
Sou mais que um sortudo,
Não acabou a temporada…




Ricardo Arezes (28/11/2013)

terça-feira, 12 de julho de 2011

End

Procura-se veneno,
Para uma morte silenciosa.
Já me sinto assim desde pequeno,
Tive uma vida vergonhosa.
Sinto-me fraco,
Cansado de lutar.
Já nem o tabaco,
Consegue-me acalmar.
Palavras magoam,
Atitudes ferem.
Pessoas que me amaldiçoam,
Sempre a me abaterem.
Só quero paz,
Felicidade acima de tudo.
Sinto-me incapaz,
Só me desiludo.
Amar e ser amado,
É o sonho de cada um.
Não é ser aclamado,
Nem ter posse de algo incomum.
É nos porem à frente de tudo e de todos,
Sempre disponíveis a nos ajudar.
Para lá de todos os incómodos,
Sempre disponíveis para amar.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Confiança

Se te achas capaz vai avante,
Tens o que é necessário dentro de ti.
A vida é uma constante,
Que retribui quando alguém ri.

Não te dês por vencido,
Abre os olhos e segue em frente.
Nem tudo está perdido,
Tens o poder na tua mente.

Faz o que gostas,
Sorri para a vida.
Basta limar as pontas,
E fica a tua medida.

Por muito que sofras,
Ou te façam sofrer.
Bota para trás das costas,
E faz o que te dá prazer.

Não te sintas triste,
Há e haverá sempre maus momentos.
 Faz de conta que não viste,
Usa todos os instrumentos.

A vida é apenas uma,
Amarra-a com todo o teu alento.
Nem tudo é um trauma,
E tu tens talento.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pujança



A vontade de viver é muitas vezes equiparada com a vontade de morrer, 

Sendo ambas bastantes diferentes. 

Estando estas interligadas pelo desejo, 

A possessão do que queremos para nós, 

Quando não a temos perdemos a vontade de viver, 

Quando nunca a tivemos ganhamos vontade de morrer. 

Nem sempre a busca da felicidade termina em sucesso, 

Mas não se pode perder a esperança. 

Temos que manter o fogo da estima aceso, 

Se queremos algum dia ter segurança. 

Segurança esta, 

Muitas vezes desmoronada, 

Por acontecimentos que nos são impossíveis de impedir, 

Fazem parte da vida, 

E não nos deixam rir. 

Somos seres fracos e incompletos, 

Refugiamo-nos na religião em busca de confiança, 

Chegando até formar uma aliança. 

Impossível não falar em amor, 

Ou então a falta dele, 

Muitas vezes decisivo ao longo da nossa vida. 

Faz-nos cometer loucuras e sacrifícios, 

Olha-mo-nos em espelhos e perguntamos o que estamos nos a fazer, 

É correcto? É errado? 

Fazemos o que achamos certo, 

Sem nunca pensar em perder. 

É língua universal, 

Está presente em todo o Mundo, 

Começa no mundo animal e bate lá no fundo. 

Todos somos atingidos pelo cupido, 

Esse bebé manhoso que nos modifica totalmente, 

Transformamo-nos rapidamente, 

É uma adrenalina altamente! 

É um cancro na nossa mente. 

Só precisa de plantar a semente, 

E o resto cresce consequentemente. 

Mesmo que quiséssemos é impossível impedir, 

Toda a gente passa por isso, 

Quando somos correspondidos é fantasia, 

Caso contrário é pesadelo. 

Vivemos contos de fadas, 

Mas com finais diversos. 

Uns felizes para sempre, 

Outros acabam mal. 

E por falar em acabar, 

Todos nos terminamos um dia, 

Encerrando de vez a nossa vida. 

Deixamos para trás família e amigos, 

Que nem sempre sabemos da sua existência, 

Somos obcecados por algo, 

Que nos faz perder a cabeça, 

Ficamos um ser fidalgo, 

E roídos de inveja. 

Passamos por muitas modificações ao longo da vida, 

Nascemos crianças, 

Crescemos crianças, 

Ficamos adultos e continuamos crianças, 

Depois em idosos relembramos a infância. 

Muitos nós temos a aprender com as criança, 

Ver o mundo com outros olhos, 

Ver tudo de forma mais simples. 

Seria tudo mais fácil, 

Mas nem sempre o fazemos, 

O que é pena! 

É bom ser-se criança, 

Sem problemas ou preocupações. 

É mau ser-se adulto, 

Com problemas e bastantes precauções. 

Basta-nos ser nós próprios, 

Viver um dia de cada vez, 

Pensar sempre positivo, 

E nunca ver o lado mau. 

Acreditar que somos capazes, 

De transformar o nocivo em comestível. 

Apesar disso não passamos de rapazes, 

Donos de um sonho invencível. 

Sonho da felicidade, 

De que tudo seja perfeito, 

Só temos uma finalidade: 

Sair satisfeito!